sexta-feira, 22 de abril de 2011

A VERDADEIRA PÁSCOA


Vamos juntos ao monte Calvário...
Assista aos soldados empurrarem o Carpinteiro no chão e esticarem seus braços nas vigas. Um pressiona o joelho contra o antebraço e segura a sua mão. Jesus volta seu olhar para o cravo no momento exato em que o soldado levanta o martelo para fincá-lo. Jesus não poderia tê-lo detido? Não foi esta mesma mão que acalmou o mar? Limpou o templo? Ressuscitou o morto?

Mas o pulso não se mexe... e  o momento não é interrompido. A batida soa, a carne rasga e o sangue começa a pingar. E as questões afloram. Por quê? Por que Jesus não resistiu? “Porque Ele nos amou”, respondemos. Isto é verdade, mas – perdoem-me – verdade parcial. Ele tinha mais motivos. Ele viu algo que o fez ficar ali. Enquanto o soldado pressionava seus braços, Jesus ohou para o lado, e, com seu queixo apoiado na madeira, viu:

Um martelo? Sim. Um cravo? Sim. As mãos do soldado? Sim.
Porém Ele viu algo mais. Ele viu a mão de Deus. Estes dedos haviam formado Adão da argila. Com uma onda, estas mão derrubaram a torre de Babel e dividiram o mar Vermelho. Destas mãos vieram os gafanhotos que praguejavam o Egito e o corvo que alimentou Elias. A mão de Deus é poderosa.

A multidão que assistia pensava que o propósito da martelada era pregar as mãos de Jesus no madeiro. Mas eles estavam apenas meio-certos. Não podemos culpá-los de terem perdido a outra metade. Eles não podiam vê-la. Mas Jesus podia. E nós podemos. Através dos olhos das Escrituras vemos o que outros não vêem, mas Jesus viu: “havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Colossenses 2.14).

Entre suas mãos e a cruz havia uma lista. Uma longa lista. A lista de nossos enganos: luxúria e mentiras, momentos de cobiça e anos pródigos. A lista de nossos pecados.
Oscilando na cruz, há um catálogo especificando os nossos pecados. As más decisões do ano passado. As atitudes erradas da semana passada. Lá, em plena luz do dia para que todo o céu possa ver, há uma lista de nossos pecados.

Deus tem escrito uma lista de falhas. Entretanto, a lista que Deus tem feito não pode ser lida. As palavras não podem ser decifradas. Os enganos estão cobertos. Os pecados escondidos. Os que estão no início da página são escondidos pelas suas mãos; os mais abaixo da lista estão cobertos por seu sangue. Seus pecados são riscados (Colossenses 2.14).

É por isso que Ele se recusou a fechar os punhos. Ele conhecia a lista! O que o impedia de resistir? Esta garantia, esta tabulação de nossas falhas. Ele sabia que o preço de todos aqueles pecados era a morte. Ele sabia que a fonte de todos aqueles pecados era você e, uma vez que Ele não poderia suportar a eternidade sem sua companhia, Ele escolheu os cravos.

A mão que apertava o punho não era a do soldado romano. A força por trás do martelo não era da multidão furiosa. O veredito por trás da morte não foi decidido por judeus invejosos.
O próprio Jesus escolheu os cravos.

Então as mãos de Jesus se abriram. Ele sabia como; não era novidade para Ele lidar com cravos. Como carpinteiro Ele conhecia a profisão. E, como Salvador, Ele sabia o que isso significava. Ele sabia que o propósito dos cravos era esconder os nossos pecados, onde pudessem ser escondidos por seu sacrifício e cobertos por seu sangue.
Assim sendo, o próprio Jesus bateu o martelo. A mesma mão que abriu o mar rasga suas culpas. A mesma mão que limpou o templo, limpa seu coração. A mão é a mão de Deus. O cravo é o cravo de Deus. E as mãos de Jesus abertas para os cravos, as portas dos céus abertas para você...

(Por Max Lucado)

FELIZ PÁSCOA!!!

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